

LABORATÓRIO DE TURISMO - FMP
Informações Turíticas do Minicípio de Palhoça - sc
Parque Estadual
Serra do Tabuleiro
Biodiversidade e riquezas naturais
Mananciais hídricos: Segundo o escritor e pesquisador do livro “O Parque Estadual da Serra do Tabuleiro”, constitui-se num dos mais importantes emissores de recursos hídricos do litoral catarinense. Os mananciais hídricos, cujas nascentes, em sua maioria, ocorrem dentro dos limites do Parque, abastecem aproximadamente um milhão de pessoas da Grande Florianópolis e algumas cidades do Sul do Estado. Também é considerado ponto de encontro de turistas e aventureiros que buscam as belezas naturais do parque, nadar em cachoeiras e esportes de aventura em rios e florestas.
Maciambu: Dentro da área do Parque no município de Palhoça, está a Baixada do Maciambu. Essa planície, que comporta uma das mais expressivas paisagens de restinga do litoral brasileiro, é formada por cordões arenosos na forma de semicírculos, resultantes das oscilações do nível do mar durante milhares de anos. A região e considerada, por isso, importante monumento geológico.
Zoneamento de 1% do território estadual: O Parque Estadual da Serra do Tabuleiro abrange áreas dos municípios de Florianópolis, Palhoça, Santo Amaro da Imperatriz, Águas Mornas, São Bonifácio, São Martinho, Imaruí e Paulo Lopes. Fazem parte do Parque as ilhas do Siriú, dos Cardos, do Largo, do Andrade e do Coral, e os arquipélagos das Três Irmãs e Moleques do Sul.
Cinco das seis grandes formações vegetais do bioma mata atlântica: O Parque tem variada vegetação, reunindo cinco das seis composições botânicas do Estado. Começa no litoral, com a paisagem da Restinga, sobe a serra, alcançando o planalto em meio à vegetação dos Pinhais, passando, nessa transição, pela Floresta Pluvial da Encosta Atlântica, vegetação da Matinha Nebular e os Campos de Altitude da chapada da serra.
Floresta de araucária: A Floresta de Araucária, também chamada de Floresta Ombrófila Mista, é um ecossistema do Bioma Mata Atlântica, característico da Região Sul do Brasil e de algumas áreas da Região Sudeste, que abriga uma grande variedade de espécies – algumas das quais só são encontradas nesse ecossistema sendo, portanto, consideradas endêmicas. Sua fisionomia natural é caracterizada pelo predomínio da Araucária angustifólia, uma árvore de grande porte popularmente conhecida como Pinheiro-Brasileiro. No entanto, em seu sub-bosque se desenvolvem diversas espécies vegetais, muitas das quais igualmente ameaçadas de extinção, como a canela-sassafrás, canela-preta, imbuia, xaxim, canela-amarela, tanheiros, canela-burra, erva-mate, peroba.
Campos de altitude: Os Campos de Altitude se encontram nas partes mais elevadas das serras, acima de 1000 metros, onde a altitude limita o crescimento de muitas espécies e o solo não suporta vegetação de grande porte, predominando neste ecossistema as espécies herbáceas. Existe uma grande lacuna de estudos nestas áreas, principalmente pela localização e dificuldade de acesso. Por estarem isolados, estes campos não mantém grande fluxo gênico, ou seja, podem apresentar endemismos (espécies que só existem neste ambiente), espécies raras e ameaçadas de extinção.
Floresta pluvial da encosta atlântica: A Floresta de Encosta Atlântica é uma exuberante formação vegetal, densa, alta e sombreada, que se desenvolve ao longo das encostas das serras voltadas para a costa Atlântica brasileira. Esse ecossistema é influenciado pelos ventos úmidos do oceano que sopram em direção ao interior do continente precipitando na forma de chuva ou nevoeiro.
Originalmente esse ecossistema se distribuía desde o Rio Grande do Norte até o nordeste do Rio Grande do Sul, quase que exclusivamente nas encostas dos morros. Sendo assim, esse ambiente possui bastante umidade e alguns lugares solos suficientemente profundos para sustentar florestas com árvores que atingem um desenvolvimento considerável – cerca de 30 a 35 metros de altura. No solo há acúmulo de serrapilheira – deposição das folhas e frutos das árvores que caem no chão, juntamente com galhos, insetos e outros animais mortos.
Manguezal: O Ecossistema de Manguezal se desenvolve nos estuários, ou seja, locais onde há o encontro das águas doce e salgada. Por apresentar altos índices de salinidade e flutuação das marés, poucas espécies conseguem se estabelecer neste ambiente.
Os manguezais são considerados berçários marinhos, pois diversas espécies de peixes e crustáceos utilizam este ambiente em alguma etapa do seu ciclo de vida, seja para reprodução, alimentação, descanso ou para ter seus filhotes. Isso faz dos manguezais um ecossistema de importância estratégica para a conservação dos recursos marinhos. Muitas espécies de aves encontram nos manguezais importante fonte de alimento e área de descanso. Encontramos neste ecossistema espécies da fauna como: jacaré-do-papo-amarelo, lontra, mão-pelada, caranguejos e diversas espécies de peixes e aves.
Restinga: O Ecossistema de Restinga se desenvolve sobre as planícies costeiras, construídas pela deposição de sedimentos marinhos durante milhares de anos pelo avanço e recuo do mar. Por apresentar solo mais arenoso e portanto escasso em nutrientes (quando comparado ao solo de encosta), a vegetação deste ecossistema é adaptada a estas condições. Além do solo, o vento e a salinidade também são fatores condicionantes da vegetação, principalmente nas áreas mais próximas às praias. Muitas espécies da flora da Restinga são também encontradas na Floresta de Encosta.
Educação ambiental: São realizadas oficinas de instrução e conscientização aos visitantes do parque.
Fundadores
1 DE ABRIL DE 2015 / DEIXE UM COMENTÁRIO
Raulino Reitz:
Nasceu em Antônio Carlos, SC – Brasil a 19 de setembro de 1919, filho de Nicolau Adão Reitz e de Ana Wilvert Reitz.
Seu pai, um lavrador que já na época preocupava com a conservação do solo fazendo rotação com a plantas anuais e o ingazeiro (Ingá sessilis), influenciou muito em seu amor pela natureza e em sua luta para conservá-la (REITZ, 1963).
Seu pai, um lavrador que já na época preocupava com a conservação do solo fazendo rotação com a plantas anuais e o ingazeiro (Ingá sessilis), influenciou muito em seu amor pela natureza e em sua luta para conservá-la (REITZ, 1963).
Roberto Miguel Klein:
Nasceu em Montenegro, RS, em 31 de outubro de 1923. (68 anos) é casado com Maria Marta Hildebrand Klein (Dona Martinha) com a qual tem três filhos.
Realizou dois cursos de graduação:Licenciatura em Filosofia (Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ijuí, RS – 1970) e Licenciatura em História Natural (Universidade Federal do Paraná, PR – 1964).
Doutorou-se em Botânica (subárea de ecologia) na Universidade de São Paulo – USP – 1979).
Suas atividades profissionais sempre estiveram ligadas à formação de recursos humanos na área ambiental ou em estudos científicos, notadamente na área ambiental e estudos botânicos.
Foi professor da FEPEVI (hoje UNIVALI – Itajaí/SC), Universidade da Região de Blumenau (Blumenau/SC), Universidade Federal de Santa Catarina (Florianópolis/SC) e Universidade Federal do Paraná (Curitiba/PR).
O que é o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro
1 DE ABRIL DE 2015 / DEIXE UM COMENTÁRIO
O Parque Estadual Serra do Tabuleiro é considerado a maior unidade de conservação de proteção integral do Estado, criada em 1975 com base nos estudos dos botânicos Pe. RaulinoReitz e Roberto Miguel Klein, com o objetivo de proteger a rica biodiversidade da região e os mananciais hídricos que abastecem as cidades da Grande Florianópolis e do Sul do Estado.
O nome da unidade de conservação é emprestado de uma das serras da área do Parque, que possui um cume de formato tabular, bastante visível da região de Florianópolis: a Serra do Tabuleiro.
Localizado em uma região estratégica da Mata Atlântica, o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro abriga diversos habitats.
Essencial para a proteção dos ecossistemas existentes no parque e toda sua biodiversidade, o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro também é de extrema importância por outros motivos. Protegidas pela exuberante vegetação da unidade estão as nascentes de rios como o da Vargem do Braço, Cubatão e D’Una. Esses rios fornecem água para grande parte dos domicílios da Grande Florianópolis e do litoral sul do Estado. O Parque atua ainda, devido a suas características de solo, relevo e vegetação, com um importante regulador climático para essas regiões.
Por suas características, o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro é um campo de pesquisas incomparável. Localizado próximo a grandes centros urbanos, possui um enorme potencial de lazer, associando o turismo ecológico à educação ambiental.